FICHA ARTÍSTICA
Encenação: Rita Neves | Interpretação: André Canário, Laura Pereira e Pedro Monteiro | Régie: Pedro Monteiro (iluminação), Ana Brandão (som) | Sonoplastia: Igor Arrais | Som de cena: Pedro Monteiro | Produção: te.Atrito
SINOPSE
Era uma vez um Mar tão grande, tão grande, mas tão grande, que era de toda a gente, de todos os peixes e de todas as algas. Um dia, alguém disse: “O Mar é meu e por isso posso fazer tudo o que quiser”. Esse alguém (que era muita gente) apanhou demasiados peixes, e usava o Mar como se de um grande caixote do lixo se tratasse. Até que o Varredor de Marés acordou com um balde em cima da cabeça e não quis acreditar no que observou… Esta história não tem fim, mas é um bom princípio, alertando os mais novos para a acelerada perda da biodiversidade, com profundas consequências para o mundo natural e o bem-estar humano. Dois actores, música, um mar de pano - ora com vida, ora com lixo – juntam- se num espectáculo, sem palavras, e em que, no entanto, tudo é fácil de entender: o mar é de toda a gente por não ser de ninguém, e quem o quer só para si nem para si o tem.Tendo como mote a frase em epígrafe, este espectáculo mostra, de uma forma simultaneamente lúdica e didáctica, a importância de preservar o equilíbrio ecológico como única forma de podermos tirar partido dele sem corrermos o velho risco de “matar a galinha dos ovos de ouro”. A Europa e o Mundo estabeleceram como objectivo para 2010 travar a perda de biodiversidade, naquele que foi o Ano Internacional da Biodiversidade. Numa região com profundas ligações culturais, sociais e económicas ao mar e à Ria Formosa, pensamos que é importante criar um espectáculo que alerte as novas gerações para a acelerada perda da biodiversidade, com profundas consequências para o mundo natural e o bem-estar humano, nomeadamente no que se refere às questões ambientais e ao degradar da riqueza que se levantam à volta do tema “Mar”.
BIOGRAFIA DA COMPANHIA
Fundado em Outubro de 2015 e instituído em Janeiro de 2016, o te.Atrito é um grupo de teatro que a partir de Faro tem desenvolvido a sua actividade no Algarve e, mais pontualmente, em todo o país. Com 23 produções realizadas apresentou mais de 500 espectáculos em parceria com associações, grupos de teatro e Teatros, escolas, câmaras municipais e juntas de freguesias, direcções gerais das artes e das prisões, direcção regional da educação, Universidade do Algarve, Gulbenkian, Centro de Ciência Viva e outras instituições públicas e privadas. Para além da produção e apresentação de espectáculos, o te.Atrito tem dinamizado grupos de teatro universitário, de jovens e de 3ª idade, assim como sessões de “Poesia Dita”. Também tem colaborado em filmes e vídeos produzidos no Algarve. Em parceria com a Associação Recreativa e Cultural de Músicos organiza o Em Contra Teatro desde 2010, do qual já se realizaram 5 edições. Nos projectos do te.Atrito têm participado atores, músicos, bailarinos, cineastas e produtores que desde os anos 90 têm, de uma forma independente, mas continuada, contribuído para a actividade artística e a promoção cultural na região algarvia. te.Atrito é um grupo de Teatro que assume o papel essencial dos actores nas opções estéticas e na construção das personagens que, por sua vez, vão definindo ensaisticamente a estrutura dramática das cenas. A liberdade criativa dos intérpretes na experimentação colectiva de ideias e textos e a simplificação dos figurinos, cenários e adereços permitem reforçar este propósito de centrar a acção no actor. Criado em Outubro de 2005, é formado por actores, encenadores, dramaturgos, figurinistas – somos tudo isso. Porque estarmos todos e de todas as formas envolvidos no processo criativo não é apenas a sublimação conceptual do teatro pobre. É o teatro possível na liberdade que hoje é possível, com o que isso pode custar. A ti.